domingo, 14 de novembro de 2010

Fogo...

Equiparo o mundo à rosa vermelha, que tem 27 pétalas, e é formosa e admirada pelos povos.
26 pétalas caíram, ninguém deu grande importância, afinal é uma rosa, o seu ciclo termina e a semente dará fruto, assim se espera.
Mas não dá, a semente era má, fora pisada pelos homens, fustigada pelos pássaros e finalmente aniquilada pelo fogo que dizimou tudo à sua frente.

No final ficou aquela rosa, parcialmente queimada, com a sua única pétala ainda a mostrar, ainda que fosse uma pequena mostra, da sua antiga glória e beleza.

Assim vejo o mundo, na sua última pétala, sem se aperceber das 26 que caíram, das cinzas em que se tornaram, da destruição que a assola.

A última pétala despega-se, aos poucos, até cair, sem a semente dar fruto, e as cinzas consumem o que já foi, e não é.
E não é, não por força da natureza, que manda e faz conforme os seus desígnios, mas por força de selvagens, da suposta elite...
Assim se vai a terra, a cair, e a beleza natural característica de nós, se foi, e a rosa que era admirada, era agora pisada...
E só foi, e já não é...

 I.D.

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