sábado, 26 de fevereiro de 2011

Honestamente.

Honestamente não me importo se você me desmoraliza diante dos outros e ri de mim... Sabe porquê? Porque gosto de te ver sorrir...

K.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Cansaço.

Estou cansada de sofrer nas tuas mãos... Não posso sofrer na tua boca?


Kamilla.

Natureza

Há na natureza semelhanças divinas...
Um orvalho a escorrer nos olhos de manhãnzinha.
Guardiãos do tempo e da liberdade voam os pássaros cantando a saudade.
O nectar das flores e os seus perfumes... A natureza e seus costumes... E nasce no Homem vendo tamanha majestade... Um nectar de inveja e de paixão.
A natureza reina enquanto formos Humanos... Pensando bem... Cada um tem a sua natureza até os marcianos.

Kamilla.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

E assim aconteceu...

Morreu.
Foi assim que aconteceu. Numa sucessão de acontecimentos, ainda que demarcados, existiam apenas para este propósito, e servindo o propósito para que foram criados, não mais existiam.
Não que seja de lamentar, ou até de aplaudir, mas factos intermediários, que harmoniosamente colidem, e embora tão parecidos, tão diferentes.
Acordava ele, rapaz inteligente, bom futuro, 20 anos, com uma base sólida para prosseguir na vida, destruído por dentro, por fora um transparecer de calma e alegria.
Acordava ele, já atrasado para as aulas, vestia-se e preparava-se para a escola, onde certamente ele faria o possível para orgulhar os pais que tanto estima e ama. Estava ele pronto, roupa vestida, com calma e serenidade no rosto, anda a passos largos para a porta de saída, pensativo e profundo, como se não mais presentes estivesse no corredor, mas sim no seu intimo.
Que sentimento era este?

Chegara ele tarde, da última madrugada, relativamente sóbrio, sem qualquer sinais de não estar normal. Fora beijar a mãe e avisá-la da sua chegada. A mãe visivelmente feliz, abraça-o e volta a dormir, o dia tinha sido duro com ela, muito trabalho para poder dar uma vida ao seu filho, vida ela que ela não teve, mas que mata-se para dá-la, e não a usufrui...
Sentara-se no sofá, pensativo. Não sabe o porquê, são pensamentos estranhos, decididamente fora do contexto, mas porquê?
Tempo passou rápido, desligando a televisão de um simples gesto, vestiu o pijama, lavou os dentes e deitou-se.
Não dormiu muito, dormiu o suficiente para ganhar fôlego para o dia que se avizinhava, teria escola e compromissos, sem grau de prioridade.

Recuperou a realidade, pegou nas chaves e abriu a porta, ouve-se uma voz de dentro do quarto da mãe. A mãe, mulher com os seus quarentas, com poucas veias, com um olhar brilhante e feliz, beija-o e deseja-lhe um bom dia. Ele, nitidamente feliz, abraça-a e levanta-se, suavemente, e caminha para a porta, para e olha mais uma vez para o sorriso da mãe, fecha a porta e apaga a luz. Esse gesto avivou-lhe o pensamento estranho, que significaria tal pensamento?
Caminha em direcção à porta, pega no seu casaco castanho que se esquecera de vestir, e pusera a mala nas costas.
Desce as escadas, olhando para fora, num dia chuvoso, nuvens pesadas, negras mas com cortes no céu, onde avista claridade, onde o sol incide na parede negra e torna-a clara.
Sai porta fora, vira à direita, nuns arbustos e caminha, pensativo e no seu mundo. Embora esteja no mundo que se move e não para, ele põe-se no seu mundo. Um sentimento que nunca sentira invadi-o. O que sentirá?
De repente, tudo torna-se negro...

Não dormira toda a noite, tinha um trabalho para fazer e casa para arrumar. Mulher nos seus trintas, com a sua vida feita, ainda a tirar o curso. Não se deu ao luxo de descansar, pois o trabalho exigia-lhe toda a concentração. Acordara o marido, pedindo que se despachasse enquanto ela se arranjava. Tal tarefa não se mostrou difícil, os largos anos de experiência permitiram-lhe fazer isso em tempo recorde, e estar pronta em 5 minutos. Teria de estar às 10 horas em Lisboa, tempo apertado, e ouvira a rádio a relatar que a IC19 estava concorrida, acidente na via para Lisboa, fila de trânsito longa, e sem outros caminhos conhecidos para lá chegar.
Todos prontos, e pequeno almoço comido, embarcam no carro. O marido, homem nos seus trintas, ia para o escritório, que ficava a caminho da IC19.
Ele parou, perto de um edifício vitrificado, onde se via o reflexo dos prédios e cidade em si, saiu do lugar do condutor, despediu-se da sua esposa com um beijo e subiu. A mulher, embora se mostrasse calma, estava, interiormente, eufórica e histérica. A pressa fazia-se notar, tinha de estar em 40 minutos na universidade, e as condições na IC19 não eram das melhores. Tomou o caminho que melhor conhecia, numa pressa que lhe fazia medo, pois temia ela que a policia poderia eventualmente notar o veículo dela e mandá-la parar, e a crise não lhe tinha passado ao lado, e dinheiro não possuía para multas...

Trabalhava ela das 22 às 3 da manhã, para poder pagar a universidade, vida difícil, mas que vivia do dinheiro do marido, embora escasso, dava para sobreviver.

Passou por uma rua estreita, com pressa mas nitidamente cansada, saindo perto de uma rotunda, e a dirigir com pressa. Os carros passavam, numa monotonia constante, e ela, assim que achou que caberia naquele espaço, entre 1 carro e um camião, meteu-se. Calculou mal, um carro batera nela, e com o impulso, o carro dela foi puxado em direcção a uma parede. Não vira ela o Opel na rotunda. Acordou ela, num pranto profundo, choro e perdida.
Ouvia-se as sirenes, o amontoar-se de gente, e o ar aterrorizado de umas mulheres já velhas.
O carro que ela dirigia, foi contra um rapaz desconhecido, que caminhava provavelmente para a escola. Desconhecido mas não esquecido. O rapaz inocente, que vivera até ao momento, teve o fogo da vida apagado.
Casaco castanho vestia e mala semi-destruída nas costas.
E morreu mais uma pessoa, que esta sociedade criou e aniquilou, como se esse fosse o propósito dele.

Se ele não se tivesse atrasado, acordado mais cedo, se ele não tivesse voltado atrás para beijar a mãe, se não tivesse parado para olhar para ela, se ele não tivesse vestido o casaco, descido as escadas mais devagar tivesse escolhido outro caminho ou até mesmo se ido de autocarro, não teria morrido daquela forma.

Ela por outro lado, se tivesse dormido, se não se preparasse tão rapidamente, se não ouvisse a rádio, se não estivesse cansada, se não estivesse com pressa, se ela tivesse parado na rotunda e esperar que pudesse eventualmente entrar na rotunda, não teria provocado tal acidente.

O rapaz desconhecido, tinha apenas a chuva como lágrimas.
Uma cadeia de reacções provocaram uma situação que poderia ter sido evitada, o que levou a que isto realmente acontecesse? Porque é que apenas um deles não adormeceu ou simplesmente ficasse em casa? Porque tinham eles de sair?

Todos estão ligados numa rede, e essa rede faz as coisas acontecerem, mesmo que não se saiba nem se tenha consciência. O sentimento do rapaz, era talvez uma aviso da rede sobre o que iria acontecer.
Será que ele sentia algo como se fosse o último dia dele?
Será que ela não sentiu nada?

E vidas foram destruídas, e o mundo continua... a rede continua... E as lágrimas caiam do céu... E o mundo tornara-se negro e sem valor... E não mais existia...

Nem tudo são flores.

Nem tudo são flores, mas também nem tudo são desgostos.
Em  todos há um lado da vida que nos faz constantemente felizes... por mais que o esqueçamos no mais profundo de nós... existe um lugar onde podemos ser constantemente felizes...
O tempo tem variado como uma mulher bipolar, mas continua o mesmo.
No fundo da minha alma não se passa nada, mas continua o mesmo.
As trevas são a vida dos outros, o inferno é a nossa mente... e eu poderia ainda acrescentar que tu poderias viver muito melhor se visse o que realmente tens, mas eu também sou cega.
O que não se deve dizer é isso... silêncio. Há sempre um buraco na vida da gente e nada na vida pode preenchê-lo.
Gosto sim da dor, da natureza, da humanidade... gosto sim de mim, e seriamente começo a considerar a hipótese de gostar também de ti.
Um verdadeiro amor nunca morre, adormece... a vida anda sonolenta, mas sobre ti nada posso dizer... o fantasma do amor é eterno, é um espírito que nos persegue e que nos faz remoer aquilo que não vivemos, mas podíamos se soubéssemos que tudo faria tanta falta... mas isso nunca sabemos, até sabermos, sentirmos, provarmos... se calhar é isso amar para sempre... espreitar este fantasma imortal da insatisfação, a lacuna enorme que nos fica e nada mais nos completa... no mais não sei.

 {Kamilla}

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Lobos e Sociedade

Preferia viver com lobos do que viver no balde de excrementos a que chamamos sociedade... É pena, pois nem os lobos quereriam mais merd*...

I.D. 

Os Ciúmes




Os ciúmes dentro de mim não são um problema, pois realmente só tento mostrar à minha cara metade o quanto gosto dela e quanto ela é importante para mim...
Ela é a minha base, a minha essência, presença assídua nos meus sonhos, futuro e motivo pelo qual escrevo, digo e repito vezes sem conta : Amo-te :)




Fábio Fatuda

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Hoje não tenho assunto para comentar, apeteceu-me passar por cá e simplesmente deixar a minha mensagem em branco...
A rosa representa a morte tal como o cemitério representa a vida...
I.D.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Pergunto, de forma legítima mas receoso, se realmente caminhavam para a morte, ou apenas para a liberdade, todos os Homens que viam a chaminé a arder, e sabiam que eram apenas almas a alimentarem tal chaminé.
A morte é engraçada, pois cada pessoa pode dar-lhe o significado e sentido que bem lhe convier. Lá estava ela, a olhar para eles, a tocar uma melodia perfeita, com um piano macabro, com teclas feitas de ossos, ossos semi-consumidos pelas chamas, mas ainda usáveis para o recital da morte.
Lá estava ela, a tocar o C Minor, com uma clara alusão a Chopin, com a profundeza de um pianista a tocar, e a adorar a cena, a vista que se consumava. Era apenas mais um dia, caminhavam eles e só restava a pergunta, para onde caminhavam eles realmente?

Caminhariam os Homens simplesmente para a morte que observa a cena com regozijo e esplendor, ou caminham eles simplesmente para a vida, que os observa com a Harpa, a tocar uma melodia celestial, um profundo contraste com a morte, que toca com o piano uma melodia brilhante, mas com propósitos macabros.

Aprende-se nesta vida que tudo tem o seu oposto, porque haveria de ser excepção para a morte? Não será suficiente ela arrebatar as almas, e distribui-las segundo as pessoas?

Mas realmente quem serão todas essas pessoas que para lá caminham? Porque se conformaram elas com o caminho? Porque caminham elas com afinco para a morte? Que somos nós? Porquê esta bipolarização de tudo? Porquê esta maldição de viver neste mundo? Porquê existir, se ignorância e burrice, animais e morte, doenças e a maldita raça humana estão cá? A que leva isto? O que leva isto? Porquê percorrer este caminho? O que deixamos cá? Mas que raio é a vida?

Porque será que aqui estamos? Qual o propósito? No fundo somos todos maldições ambulantes e somos a morte e a vida, somos ambos, podemos decidir matar ou deixar viver, mas que poder é esse que temos? No fundo, somos todos anjos e demónios, maldições ambulantes que caminham nesta terra, que mais valia a sua destruição, do que continuarmos a infectar o universo com a nossa presença.

E caminhavam eles para a vida, pois o que vem depois da chaminé, é apenas outra vida...
Vivemos as nossas vidas como pianistas, começamos a tocar, mas um dia a música para...
Até que volte a tocar, e o caminho seja de novo percorrido para outra vida, outra morte, outra bênção, outra maldição... Ou simplesmente outro caminho...

Sem autor...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Solitário

Sou um homem solitário, e já agarrei mãos como se nada mais fosse importante...
Sou um homem pacífico, mas não ignorante, sei o que fazer quando devo me proteger...
Já amei milhares de vezes, nunca entendi o porque...
Já fui a guerra, morri 12 vezes... só nasci 3 a mais... nasci quando pela primeira vez a minha filha, Isabella, linda com a essencia dos deuses, disse o meu nome. Foi esta a minha maior alegria até hoje.
Morreram os meus pais, a minha mulher e a minha Isabella... sou um homem vazio e sem esperança. Eu só tenho a imaginação engraçada de viver colorido, vestido de palhaço... faço as pessoas rirem sem nem saber o porque. Sinto vontade de dar o que perdi de alegria no caminho que percorri.
Não estou a exagerar, sou mesmo assim ... mas não reenvindico a parte da culpa que me pertence...
No meu coração carrego apenas os muros do nome divino que dei ao ser divino que fiz para a morte... Isabella... deusa morta em decomposição.
Sobrou-me este espirito, morto que me atormenta... o meu próprio nome naquela voz ... chamando-me e corrompendo-me na mais ímpia sedução...
Um homem não é uma ilha é várias ...

K.O

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Sem destinatário

Admiro-te com a fé de uma criança...






Essas seriam as minhas palavras se eu ousasse citar o teu nome.


K.O

Perguntas...

Só tenho perguntas... abro o livro e não sei o que pensar... mas penso... "Os espermatozóides pensam? Têm consciência do fracasso que é nascer? Porque lutam por algo obscuro que é a vida?
Nem penso... só falo por vezes... Subestimo e sou castigada pelas minhas próprias palavras... Qual é o objectivo do ser Humano no planeta? Deus...  é como a história do ovo e da galinha... quem inventou quem? Deus ao homem ou o Homem a deus? Não sei... mas ao mesmo tempo sinto orgulho... Quanto mais sei que não sei mais sei... Contraditório, mas real.
Verdade...  me ouvirão falar sobre isto...
No mais nada sei e nem concordo com a existência do nada... palavra morta e sem definição.
Por que estudamos a história? "O passado é inútil como um trapo..."
E as palavras são uma traiçoeira ajuda na arte de viver... por vezes me vejo dentro delas e as vejo dentro de mim e me dói como a dor do parto pô-las cá para fora. Mas nos encaixamos bem...
As palavras me traem...

[K]