sábado, 27 de novembro de 2010

FILHOS DO RIO

Meu querido Rio
Até quando viverás na miséria
Até quando aceitarás essa guerra
Destes filhos teus de espírito vazio?

Meu querido Rio
Com que cara encaras o nosso Cristo
Que com braços abertos parece estar mais é rendido?

Meu querido Rio
Como aceitas essa desumanidade
Essa falta de respeito, falta irmandade
Sobre este teu peito de pai aflito?

Pobre coração o teu Rio amado
Ao ver-se tão desprotegido,
Ver inocentes filhos caidos e feridos
E ver que os que em pé estão
destilam sua própria destruição
Pena tenho de ti, por tamanha ingratidão.

Se fossem inimigos de fora
Mandavamos as tropas
E a guerra seria revolução
Mas o que fazer quando os nossos maiores inimigos dormem sob o nosso chão?


(K.O) EM SOLIDARIEDADE AO AMADO E DESCONTENTE RIO DE JANEIRO.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

(I)racional - o Inconsciente da loucura

Estou feliz, pelo menos aparento estar, pois de facto o sorriso é apenas um ilusionista quando falamos de verdade interior. Chamam-me muitas vezes de "exorcista mental" ou "animal (i)racional", concordo de certa forma, apenas digo as coisas da forma que me vão na cabeça, da forma que vejo como elas devem ser, e sobretudo meus caros da forma que ninguém a quer ver!
Detesto hipocrisia, detesto a falta de não querer pensar, detesto ter de ser igual a muitos de vós...
Não! Não quero alinhar com vocês, fazem-me lembrar um cardume, todos juntos, todos com o mesmo inicio e todos com o mesmo FIM, pelo menos a grande maioria, morrem infelizes e sem capacidade de dizerem à hora certa e à pessoa certa «Perdoa-me», «Obrigado» ou «Amo-te».
Não, não vou por aí...o destino tu o escreves, tu o determinas. 
A vida é um jogo, ganha-o!









Subscrevo:  (I)racional

Conversando com a Morte...

Ontem encontrei-me com a morte. Não contei nada a ninguém, não quis alarmar. Mas ontem a morte bateu na minha porta, e eu vendo o seu rosto tão jovial e acolhedor deixei-a entrar.
Ela entrou com um largo sorriso no rosto enfeitando a sua face mais alva do que a neve...
Pedi para que ela se sentasse...
Ela sentou.
Perguntei se ela desejava beber algo.
Ela recusou.
Sentei-me então de frente a ela, mirando aquele ser tão belo, tão inocente, tão doce eu não sentia medo dela.
- O que te trás aqui? - Perguntei depois de um silêncio entontecedor.
- Vim buscar algo que me foi tirado a muito tempo... - Disse ela com uma voz serena. Falava pausadamente, com uma dicção perfeita e uma musicalidade em cada palavra.
- Algo aqui na minha casa? - Perguntei.
- Sim. - Respondeu ela.
- Vieste me buscar? Não me leve, por favor! Eu tenho medo...
- Garanto que se me ouvires entenderás... Há muito tempo atrás...
exactamente 16 anos, eu te ganhei...
- A mim?
- Sim, a ti... És minha! Sempre foste... Certo dia te levaram de mim...
- Quem?
- A vida, minha irmã. E eu nesses anos todos estive a sua espera, a espera que estivesses pronta e perfeita... tudo até o dia de hoje que viveste eu assisti. Te protegi de todos os perigos...
- Mas o maior perigo és tu.
- É o que a vida te faz pensar... jamais te faria mal, jamais te magoaria... Eu ouvi as suas suplicas, quando mesmo sem saber quem eu era me pediste para que eu te levasse para mim... E eu quis, mas não pude. Fui cuidando de ti a distância fui sendo o seu anjo da guarda... até hoje.
- E porque hoje?
- Porque hoje eu morro e tu me vais substituir...

Kamilla Oliveira

quinta-feira, 25 de novembro de 2010


de: inacio sem palavras

A vida so tem 1 sentido que é para frente mas tem as armadilhas do passado mas temos é que ter cuidado com o futuro


de: inacio sem palavras

AQUELE LUGAR

este sentimento que nao consigo explicar que provoca-me uma dor enorme no meu coração deixa-me completamente confuso nao sei o que fazer. Sinceramente gostava de procurar o meu proprio espaço para falar comigo proprio como estou a fazê-lo agora quem me dera um dia encontrar esse tal sitio que tanto quero para poder apreciar a beleza o cheiro daquele sitio que imagino.

nao sei o que faço?? se fechasse os olhos e se sentisse-me naquele lugar podia neste momento ouvir os passaros a cantar e ouvia a pura natureza a movimentar-se sentindo cada pedaço de erva nos pes.

em certas situações da nossa vida queremos aquele lugar tao especial para podermos sentir cada gota das nossas lagrimas a escorrer na nossa face ou ouvir o nosso coração a falar com nos proprios.

sinto necessidade daquele sitio tao viciante que imagino querer ir um dia parece que estou a senti-lo cada vez que estou neste tipo de situações é engraçado encarar assim por vezes a realidade mas é dificil superar cada situação como esta.


de: inacio sem palavras

Procura-se Desconhecido.

O Desconhecido desapareceu. Devemos ir a sua procura, deixar tudo o que conhecemos em busca do Desconhecido.
Andaremos nas ruas a perguntar se alguém viu o Desconhecido, não mostraremos fotos pois ninguém as tirou e nem o descreveremos porque nenhum de nós o viu. Mas procuremos, queridos amigos, que há esperança, quem sabe com o Desconhecido esteja a mudança. Vamos não desistam, pois tempo ainda nos resta, o Desconhecido deve estar por ai perdido no meio do novo mundo que nos espera.

K.O

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Portugal

Olhai para o céu.
Apenas vos posso aconselhar isso, porque se procurais uma verdade, lá vós a encontrareis.
As estrelas estão lá e sempre estiveram, mas quem sóis vós para vires cá e julgar-vos donos deste pedaço de terra misturado com anarquia que a democracia trouxe?
Liberdade de expressão é linda, AGORA liberdade para fazer tudo e qualquer coisa que não seja civilizado é totalmente outra.
Tomara, a educação pós 25 Abril é esta que temos, e só de pensar que de uma suposta revolução viemos viver para pior, é simplesmente uma parvoíce desmesurável, idiotice de um povo.
E isto sucedeu-se da Monarquia para a República e da República para a Ditadura e da Ditadura para a Democracia.
Não sou republicano, nem fascista, monarquista nem comunista, mas sou realista.
Enquanto andam uns poucos quantos a enriquecerem criando crises mundiais que eles fogem para resolver, ficando o contribuinte para resolver, imagine-se, grande mundo em que vivemos, certo?
Ah! Portugal outrora grandioso, actualmente, até D. Afonso Henriques se reviraria da sua tomba e voltava a entregar tudo ao reino de Leão, porque se era para criar um ideal de um pais como foi o nosso, e vê-lo na penúria e podridão em que ele está, afogado em corrupção, mais valia nem ter embainhado a sua espada e proclamar a independência com o sangue real de muitos bons Portugueses que lutaram por esse ideal.
O que falta não é outra revolução nem um golpe de estado, afinal CHEGA DE SANGUE.
O que falta é por na rua quem está por interesse e dar a provar à suposta elite o que é viver com um vencimento anual de 6000€ e ai vê-los, 3 anos mais tarde, a falarem realmente dos problemas do país.
Até lá, o que vejo são Marias vão com as outras que falam o que lhes dizem, mas não vivem o que falam.

Maria da Conceição Coimbra

Hoje precisa ele, amanhã preciso eu...


Autor: Filipa Assunção


 "A maior recompensa do nosso trabalho não é o que pagam por ele, mas aquilo em que ele nos transforma"

John Ruskin (de 1.819-1900)


Postado Por: Fábio Fatuda

A verdade e os seus mistérios.

Senta-te aqui ao meu lado.
Somos todos um misero pó de areia no universo. Nada neste mundo implora para que tu vivas... Ninguém se importa com o que és... Aqui tu vales o que fazes.
A verdade nunca doeu como agora, por isso é ideal conhecê-la.
Deixe as convenções que te foram ensinadas... Tu és um ser do universo. E o universo quer te engolir.
Não adianta correr... A verdade e a morte esperam por ti.
É essencial tudo o que se faz no pequeno intervado de nascer e morrer.
Tu nunca perdes o tempo, pois nunca o tens.
Se tu olhasses para além do que vês compreenderias que tudo o que tens feito agora é escrever sobre as águas da sua própria chuva, das suas lágrimas.
Sabe o que mais assusta na verdade? É não poder fugir de si mesmo. Não poder abandonar-se na porta de alguém numa cesta com um bilhete curto. É não poder abortar-se a si mesmo. Não poder se vingar de si mesmo sem ser imediatamente castigado. É não poder fugir de sua própria sombra.
O mais difícil de toda a verdade é saber que nada do que faças te fará ser diferente do que és.
Não podemos ser livres de quem mais nos atormenta... Nós mesmos...
Somos o labirinto em que nos perdemos.

(K.O)

O desconhecido

Quero dizê-lo a todos aqui e a quem ler isto, que fique o meu testemunho!
A realidade não é o que imaginamos, e apenas aparelhos de um sistema complexo, e somos apenas desconhecidos.
Não nos conhecemos, não sabemos quem somos, e apenas  TUDO o que se vê da outra pessoa, é o que sabemos sobre ela.
Somos todos desconhecidos, e como tal, destas letras, desconhecem quem escreve, e apenas imaginam, e imaginam erradamente, devo de acrescentar!
Fica aqui as minhas palavras desconhecidas, de um desconhecido, e que não revelarei a ninguém e a quem quer que seja, quem é este desconhecido.
E este texto foi corrigido com o corrector automático do office, como tal, não esperem reconhecer quem escreve por trás deste desconhecido.
Mas saibam que, o sistema é puro e verdadeiro, e existe e quem vai contra o sistema, arrisca-se a ser puxado pelo sistema.
Cuidado, porque o Sistema vigia-vos.
Desconhecido.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A ti.

Isto é mais do que um texto qualquer. Isto foi feito para ti. E quem me dera que no fundo de tua alma pudesses lê-lo.
Jamais poderia dizer-te certas palavras sem ter lágrimas para provar as suas legitimas procedências,jamais poderia forjar a sua origem, jamais poderia forjar o seu conteúdo...
Eu sei que aqui não é o melhor lugar para que eu despeje essas palavras, mas eu me sinto bem aqui, e tudo isso é apenas mais uma maneira de falar contigo sem ti, nada importa aos outros, é algo restritamente nosso e profundamente meu... e de mais ninguém.
Organizar estas palavras não é nada fácil, pensar nelas é mais fácil, mas através do pensamento elas não chegam até a ti, elas se tornam mais minhas.
Tenho falado contigo. E isso parece um pouco estranho tendo em conta o facto de não estares aqui. Isso comprometeria a minha sanidade mental aos olhos dos outros, mas eu só estou exposta ao teu olhar e tu conheces-me bem, sabes que o que chamam de loucura é o que eu chamo de sabedoria, que eu tenho mesmo dessas coisas, que esta falta de sanidade é o meu modo simples de viver, tu sabes... somente tu sabes... e eu não conto isso a eles, conto a ti.
Imaginar-te é a minha forma de viver sem ti. Imaginar-te é a minha forma de continuar a viver, de acordar todas as manhãs, de dormir todas as noites... Imaginar-te é dar sentido ao que não tem sentido... a vida, a existência, o destino, o futuro. E para mim a vida, a existência, o destino e o futuro resumem-se a imaginar-te, pois tu foste a parte boa de eu ter nascido... Tu foste a maior felicidade que tive e tu justificaste a minha existência pelo simples facto de teres existido também. E o meu destino é imaginar-te enquanto eu puder.
Amo-te, jamais voltarei a pensar no amor como algo distante, porque tu és o amor e eu te conheci.
Jamais me esquecerei de ti.
Jamais deixarei que partas completamente daqui...
Imaginar-te-ei enquanto memória em mim existir.
A única coisa que temo é deixar de imaginar-te, pois isso seria aceitar que tu partiste para sempre, que não voltarás jamais, que é definitivamente o fim de nós e o meu fim.
Rezo para que a tua memória seja eterna ou no mínimo que seja eterna enquanto eu viver, para que a esperança de que tu voltes me incentive a viver até que a morte me leve para longe de ti e de tudo o que a vida me deu.
Minha utopia, que seja somente a morte a me separar verdadeiramente de ti.
Amo-te.
(Kamilla Oliveira)

domingo, 21 de novembro de 2010

Saudades vossas...

Olá mãe, escrevo-te agora na esperança que tenham recebido a minha carta.
Desembarcamos aqui em Brest no porto de "Bretagne" como os Franceses dizem, é deveras engraçado a fala deles, vocês deveriam ouvir.
Demoramos 4 dias e chegamos finalmente, não vos posso aconselhar a porem as vossas botas num navio, nem imaginam o que senti durante a viagem, e penso que emagreci deveras, porque passei grande parte da viagem a vomitar.
Mas falando de coisas boas, recebi o molho de cartas que me enviaram desde a minha partida.
Revolta-me não as terem entregado aquando da minha estadia em Tancos, mas li-as durante a viagem, e fico contente pelo Vlademiro casar com a Maria, dá-me uma felicidade tremenda o meu irmão casar depois de a ter cortejado durante anos.
E parabéns ao pai por ter comprado a casa em Santarém, lembro-me quando a fomos ver, não estava no melhor estado, mas esperai, querido pai, que quando voltar, restauraremos a casa.
Não posso escrever muito mais, os oficiais já mandam as tropas organizarem-se, por isso envio-vos um beijo e um abraço forte para vocês, e por favor, não se esqueçam que vos amo.
Do vosso querido filho
Alípio Saraiva

sábado, 20 de novembro de 2010

Cuidado com o que desejas...

Em uma certa manhã... acordei com uma vontade enorme de comer bolo, mas não um bolo qualquer, queria comer um bolo desses que tem nas festas, cheio de confeites, com várias camadas... De repente minha mãe entra no meu quarto e diz que iríamos a um casamento e eu pensei...'Fogo! Mas eu não gosto de casamentos'...
Cinco minutos depois meu pai entra no meu quarto e avisa que o casamento foi cancelado. Pensei... 'Que estranho!'
Continuei a minha jornada. Eram nove horas, fazia um sol radiante lá fora... Pensei... 'Bem queria que o Rafael me viesse ver...'. Levantei da cama e escovava meus dentes quando bateram na porta da entrada. Desci, abri, mas mal pude acreditar... A minha frente estavam todos os rapazes do meu bairro que se chamavam Rafael.
- Rafael Pinheiro, o que fazes aqui?
- Estou aflito. Posso usar a sua casa de banho?
- Ok. Entra, é a primeira porta á esquerda. Mas e tu Rafael Fidalgo, o que fazes aqui?
- Resolvi falar com pessoas desconhecidas e pensei logo em ti...
- Ah, muito obrigada... Já falaste comigo... Já podes ir embora.
- Rafael Santos achei que já não nos falávamos...
- Não nos falamos, só vim perguntar se sabes a que horas passa o próximo autocarro...
- Se não nos falamos não te posso responder que passará daqui a dois segundos...
- Quê? Não... Esperaaaa!!!
- Rafa Ferreira, estava mesmo a pensar em ti. O que queres?
- Não sei, estava a passar e senti vontade de bater na primeira casa que eu vi...
... Depois disso eu vi que aquele era o meu dia da sorte, que tudo o que eu queria acontecia... Então fui desejando... Pedi uma mesada maior e o meu pai ganhou na loteria. Desejei não ir mais para escola e a escola declarou greve... Desejei férias antecipadas e a minha mãe ganhou um bónus e ainda tirou uma licença maternidade. Desejei um avião e caiu um em cima da minha casa... Desejei e ninguém morreu... Desejei ser popular e apareci na televisão de pijama graças ao acidente... Desejei que todos os meus inimigos caíssem e a cidade sofreu um terramoto... Desejei ter todos os rapazes aos meus pés e aconteceu outro terramoto... Desejei conhecer os 30 seconds to Mars e eles vieram fazer um concerto em Lisboa... Desejei ser a única fã deles e eles faliram... Desejei ter muitos amigos e por causa do acidente o meu facebook ficou cheio... Desejei ser muito muito feliz e me venderam êxtase... Desejei ser muito muito bonita e ainda por causa do acidente um cirurgião me ofereceu plásticas de graça... Fiquei igual a irmã gemia da Barbie, mas passei uns três meses em coma graças a falta de higiene do médico cirurgião.
Enfim... Aprendi a minha lição... Como disse Shakespeare... "Devemos ser gratos por não ter tudo o que desejamos..."
Fiz o meu último desejo... Desejei que tudo isso fosse um sonho e acordei.

(K.O)

Acordando para dentro.

Que os seus actos sejam muito mais altos do que você.
Cresça em humanidade antes de tudo.

(K.O)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Resposta de Friedrich.

Minha querida, fico muito contente por ter noticias do teu pai e mais contente ainda me sinto por poder fechar os meus olhos e imaginar o teu sorriso meigo.
Meu anjo, não aceite tudo que falo como verdades absolutas... O que eu digo deve ser analisado, investigado e muitas vezes como sabes, até corrigido. Digo-te isso pois hoje fui para o meu trabalho na Universidade e um aluno disse que eu era sempre o dono da razão. Isso me fez pensar no tipo de professor que sou, estive a analisar as minhas próprias vaidades...
Um comentário deste é pior que uma surra, acredite... Isso acaba com um homem.
Bem, não vamos prolongar este assunto tão melodramatico...
A lição de hoje minha pequena, é simples e bela como tu... A sabedoria é uma senhora cautelosa, só vem no tempo certo, só chega quando estamos prontos para ela.
Meu anjo vou me despedir de ti... Estou exausto, mas não poderia deixar de te escrever.
Que a alegria povoe seus dias... Com muito amor e carinho... De seu F.

(Friedrich Arievilo)

Sentido da vida.

O mundo nada é mais do que uma extensão larga do nosso pequeno mundo.
Se já se perguntaram qual é o sentido da vida, a resposta não poderia ser mais básica para tal pergunta complexa...
A resposta é:
O SENTIDO DA VIDA É O SENTIDO QUE VOCÊS LHE DÃO!
Ponto final.
Adeus.

I.D.

Amar as letras como Brianne - diário

Fofinho, é como muito agrado que recebo a tua carta tendo ficado muito orgulhosa por teres sido rápido na resposta. Gostei imenso das tuas doces e belas palavras, delicias-me sempre que trocamos letras pois sabes ser meigo, sábio e benquisto naquilo que dizes  dando-me sempre bons conselhos e encaminhando-me para um caminho melhor :D .
Em resposta ao teu dilema " a mente humana é que mistura e complica as coisas para dar uma miserável razão à vida " digo apenas que a mente humana nasceu já com a mentalidade para fazer questões ao qual ninguém o saberá responder dizendo sempre na maioria das vezes utopias daquilo que nunca faz.
Vou falar brevemente daquilo que foi o meu dia pois és tu o meu desabafo diário. Sinto-me alegre por variadas razões, uma delas foi pelo meu priccepizinho tocar-me na face de forma muito querida, suave, tão gentil que ele foi !! A melhor notícia foi mesmo a chegada do meu pai das suas viagens longas de avião, pois como sabes ele é um empresário que viaja por vários países fazendo paragens de vários dias ou até meses no mesmo país, já não o via há três longos meses.
Bem está na hora de me ir despedindo e arrumar a pauta e a punção, a minha mãe acaba de chegar cansada de mais um dia de trabalho mas bastante contente por ver de novo o meu pai, despeço-me para que me junte ao meus pais na sala de estar.
Um beijo da tua bebé,
Brianne (L)

 




 



Resposta de Friedrich.

Minha querida, não se preocupe com a brevidade das coisas, afinal a vida dura o equivalente de um piscar de olhos do famoso desconhecido autor da terra.
Tudo é eternamente breve... O homem é mortal.
Bem, hoje o que realmente tenho a te dizer é simples e breve como tudo - a mente humana é que mistura e complica as coisas para dar uma miserável razão a vida.
Querida, agora sem vaguear por assuntos e filosofias vou te ensinar a grande lição que hoje aprendi...
Para vencer não é preciso força ou persistência, como dizem os otimistas... Apénas é preciso para vencer saber escolher os desafios certos.
Não lutes por algo que não queres perder, lute por algo que não podes perder... É somente nessas lutas que faz sentido a guerra.
Bem como eu disse breve...
E breve como tudo me despeço.
Com todo o carinho e amor do mundo....
De seu F.

(Friedrich Arievilo)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Amar as letras como Brianne - diário

Quinta-Feira 18.11.2010

Encontro-me mais uma vez frurstrada por não ter ninguém para trocar letras, afinal de contas mais um dia passou e o dia de aulas terminou ainda à pouco. Sim, disse que estava frurstrada porque és o único com o qual troco sentimentos, emoções, desejos, sonhos e no qual identifico-me, mas tu bem  sabes que tenho limitações...
Desculpa ser breve hoje e não estar muito tempo contigo mas a verdade é que não estou com muita vontade de escrever e vim apenas para te dizer um olá Friedrich.
Um beijo da tua bébé,
Brianne (L).

 

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Querida Familia...

Olá querida mãe, escrevo-te agora, porque tive a oportunidade e a boa fortuna de pararmos no Cais de Santa Apolónia, aqui em Lisboa depois da fatídica viagem a que fomos submetidos, esperando apenas o navio que os Britânicos enviaram para nos levar à França. 
Bom, tenho de vos pedir desculpas por só agora escrever-vos, mas não tive forma de o fazer.
Não tive a oportunidade de vos dizer isto aquando da minha partida, mas quero que saibam que, embora não sinta estar a fazer o certo, também não sinto o errado na minha vontade. Não tenho sido o que se possa apelidar de um orgulho de filho, por isso parto para a guerra, para meu pai e a senhora me aceitarem como filho amado e que tenham tanto orgulho em fazer referência a mim como o fazem com o meu irmão Vlademiro.
Fui para Tancos, onde fiz a minha instrução à tropa,  e fui incorporado no 4º Exército, 3º Bateria de Guarnição, na 9º companhia e estive lá 6 meses e viemos, com pressa, acredito eu pois não nos deixaram almoçar e mandaram-nos preparar o saco para virmos para Lisboa, para embarcarmos para França.
Não sei o que me espera lá, apenas sei que algo se passa de preocupante com esta pressa toda.
Quero que saibam que vos amo, e espero voltar para os vossos braços.
Com todo o carinho e amor.
Alípio Saraiva

Um grande amor.

 Todo grande amor nos tira do buraco, nos faz nascer de uma forma ou de outra, reavivando aquela parte de nós que as desilusões matou...
Todo grande amor, por menor que seja a sua duração é eterno,  pois não é o tempo que define a duração de um amor... Um grande amor nos faz evoluir de alguma maneira. E não poderia ser diferente connosco...
O nosso grande amor foi tão grande que mudou todo o mundo, mudou a minha mundividência... E se fosse passageira essa nova concepção, não seria amor e sim paixão, mas  mesmo depois da sua cidadela em mim destruída, entre cacos e feridas lá está o mundo novo que me deste, intacto.
O teu grande amor fez o que nenhuma paixão poderia... Me fez aceitar as suas teorias racionalmente, como se fosse a coisa mais lógica do mundo... E é, e foi.
E embora o seu desfecho,a herança que ficou do nosso amor é algo imortal,imensurável...
Todo grande amor não acaba no fim,o fim é antes  um novo começo, começo de uma nova jornada da qual temos que colocar em prática tudo o que o nosso amor nos ensinou.
Lembro-me que negavas a existência divina, e eu aterrorizada com tamanha blasfémia te dizia que era impossível acreditar neste deus distante te tendo nos meus braços... impossível aceitar que deus não se preocupava tanto com os humanos,que talvez Ele estivesse em outra galáxia cuidando de outros seres, se de uma maneira inacreditável nos reencontramos.
O seu amor me deu a vida que dentro de mim já estava sepultada... Eu vivia por uma razão,vivia por ti, por nós e pela verdade que carregávamos juntos...
Tu foste a minha inspiração, o meu génio, a minha dádiva.
Um grande amor não morre, dorme no berço das boas lembranças.
(Kamilla Oliveira)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Paz...

Sinto, não vejo.
É o que posso dizer quando olho para ti.
Prefiro ver-te da forma que és por dentro, não por fora.
Por fora revelas de que és feita, a forma e traços provenientes dos teus pais e antepassado.
Por dentro, é o que não revelas, só os olhos do amor vêem, sentem o teu verdadeiro corpo, a tua verdadeira alma, o que não se vê, mas sente-se.
Sinto, não por ser algo que se sente facilmente, mas sim pelo teu toque divino, pela tua ternura e pela forma que seguras a minha alma.
Ninguém o vê, ninguém o sente, apenas a mim, que me seguras, e me deste a razão para viver.
Dizem que os anjos não existem, dizem que são apenas lendas bíblicas e que a ciência provou que não há tal coisa, mas porque sinto eu que tu és realmente um anjo, e a minha alma apenas uma coisa sem valor a que tu dás um valor absoluto, com o teu amor?
Não posso dizer que a ciência está errada, afinal não o posso provar, mas dás-me a provar da tua divindade, da tua perfeição.
Em mim, no meu coração, na minha alma aquecida pela tua presença, e em meu mundo declaro, com todas as forças e o que sou, que realmente me dás essa vontade de viver, pelo teu amor, senti o que é a vida, pelas tuas mãos senti o toque do avivamento, pelas tuas palavras, senti a paz.
Por essa paz ando eu, pois carregas-me nas tuas asas...

Alcides M. Abreu 

A propósito da música anterior...



Delfins
“Nasce Selvagem”

Mais do que a um país
que a uma família ou geração
Mais do que a uma passado
Que a uma história ou tradição
Tu pertences a ti
Não és de ninguém
Mais do que a um patrão
A uma rotina ou profissão
Mais do que a um partido
que a uma equipa ou religião
Tu pertences a ti
Não és de ninguém
Vive selvagem
E para ti serás alguém
Nesta viagem
Quando alguém nasce
Nasce selvagem
Não é de ninguém
Quando alguém nasce
Nasce selvagem
Não é de ninguém
De ninguém


(Paulo Martins)

Capital Inicial.

 Trechos...

"Faz muito pouco tempo
Aprendi a aceitar
Quem é dono da verdade
Não é dono de ninguém
Só não se esqueça que atrás
Do veneno das palavras
Sobra só o desespero
De ver tudo mudar
Talvez até porque
Ninguém mude por você..."
(Algum dia)

"Nem tudo é como você quer
 Nem tudo pode ser perfeito
 Pode ser fácil se você
Ver o mundo de outro jeito..."
(Não olhe pra trás)

"Agora veja o meu estado
Olhando o futuro e prevendo o passado...
O tempo virou e me deu as costas
Outra pergunta com a mesma resposta
Os dias são sempre iguais
O mesmo filme em todos canais
Eu quero voar mas tenho medo de altura
O céu azul me dá tontura
Eu caio mas não chego ao chão
Estou certo mas perdi a razão."
(Vivendo e aprendendo)
"Ás vezes acho que eu fiquei louco
me dando conselhos até ficar rouco
Ás vezes acho que eu perdi a memória
Contando de novo a mesma história
Aqui onde as horas não passam
Aqui onde o sol não me vê
Aqui onde eu não moro
Não existo sem você
Me olho no espelho e me vejo do avesso
o mesmo rosto que eu não reconheço
o rádio ligado, chuva e calor
as gotas me ferem mas não sinto dor..."
(Aqui)

Capital Inicial desde os anos 80...




Até a actualidade...


(K.O)

Vomitando idéias

Todos os cães dessa cidade têm a cara de seus donos...
É incrível a maneira como fugimos da nossa própria humanidade... incrível como nos condenamos simplesmente por termos esse lado  animal, que não tem pudor, nem vergonha de ser normal...
E foi então que se criou a ética, as regras de etiqueta e a moral...
 (desconhecido)
Kamilla Oliveira
- Porque não me dizes o que te vem a mente, sê sincero, transparente, deixa-me também te conhecer... Posso não ter nada no mundo,
poderia ser até um vagabundo,
mas te tenho muito a oferecer...
Isto é, se me deixar te conhecer...
O que te apetece quando vem a chuva?
O que mais te atormenta na tv?
Que tipo de gente você não atura?
E não atura porque?
Que tipo de homem você é?
Que tipo de homem você costumava ser?
Porque você sorri tanto?
Porque você não sorri mais?
O que te fez sentir o mundo?
O que é que a vida faz?
- Essa sua estupidez de tentar desvendar o mundo,
não te trará nenhum bem,
sou um poço profundo,
raso como a ninguém...
As palavras não me servem,
Nas definições não me caibo.
Sou filho do destino
E filho do acaso.


(não identificado)
(K.O)
Foste... o sonho mais bonito que já tive.
Foste, dos heróis o mais invencível,
Foste o mais belo amor que eu criei...
Foste... dos meus casos de amor o mais sensível,
Dos meus filmes de terror o mais temível...
Foste o amor que eu sempre procurei.
Mas foste, porque as boas coisas pertencem ao passado,
E embora quiséssemos estar sempre lado a lado,
O destino é mais forte do que eu pensei.
Mas não chore amor, e nem condenes a vida,
Pois no fim há-de haver uma saída,
E verás que foi melhor assim...
Não se condene amor, caso eu venha chorar na despedida,
É que os segundos nos teus braços me valeram uma vida,
E ainda não aceito o fim...
Não me condene amor, pois eu ainda não sei como seguir minha história
Só tenho a certeza que te vou guardar na memória
No separador...
dos dias sem dor...
(não identificado)
Kamilla Oliveira

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Às vezes tento dizer os sentimentos da alma, e me sinto frustrado, frustrado... Coisas da alma não se diz, é segredo, é privado, é cárcere em si mesmo...
Mas, sim,  eu sinto a razão nas coisas.
Algo inquietante em mim não consegue ver e aceitar a razão das racionalidades...
Quero dizer palavras que não querem ser referidas, e isso faz sentido para mim... Então luto contra as palavras como se essas fossem meu inimigo, mas não, as palavras são o meu caminho quando ando perdido.
As palavras se escondem para a minha própria protecção, elas não querem revelar as fraquezas do meu coração... 
Singelo e frágil.
As palavras me protegem e me matam...
 (autor não identificado)
(Kamilla Oliveira)

Madrugada De Um Tempo

Se me disfarço,
Se me escondo na frente do espelho,
É por não saber reflectir a imagem que eu criava...
E neste calmo desespero de mundo desfeito,
Eu nunca soube o que por mim esperava...
Como posso trabalhar para o futuro,
Se nem sei se um dia este chegará?
Como posso estar em um lugar seguro
Se tudo muda de lugar?
Os amores vão com a rapidez de... eu já nem sei com o que comparar.
E eu perco tempo, perco tempo esperando que aconteça o que não acontecerá...
Tanta vida perdida a espera de uma resposta... uma resposta decisiva, mas estou sem Tempo e  e não tendo tempo isso nem importa...
Um dia eu juro pegar a mala e por nas costas...
Viajarei pelo mundo irreal do qual ninguém gosta.
Um dia serei eu e mundo mundo e eu e mais nada... talvez uma musica de fundo um poema Profundo e uma rosa... é que a vida tem muitos espinhos e talvez sozinho isso seja Diferente...
Quanto mais unidos estamos, mais me sinto dependente...um dia comprarei a maquina do Mundo, viverei o futuro e rirei da minha resposta... pois sendo alguém que conhece o Mundo eu me importo muito mesmo sabendo que nada importa.
E talvez neste dia eu compre a lua e substitua o teu olhar...
E talvez eu compre a rua para no meu coração nunca mais ninguém passar...
E talvez nesse dia eu me mude de mim mesmo e consiga viver em outro ser distante de mim...
Talvez eu descubra que o ideal é ser quem sou, estar onde estou, viver o que vivo e dizer o que eu digo. Talvez a perfeição seja isso... viver sem pensar em viver de melhor forma. Talvez eu seja o que posso ser de melhor, talvez eu jamais serei melhor que isso... final Triste... talvez a perfeição não exista e a busca dela seja apenas uma forma de suicídio... lento... um masoquismo... uma tortura.


(autor não identificado)
(Kamilla Oliveira)

Sinais do Futuro - Trailer


(Tiago Fatuda)

domingo, 14 de novembro de 2010

Fogo...

Equiparo o mundo à rosa vermelha, que tem 27 pétalas, e é formosa e admirada pelos povos.
26 pétalas caíram, ninguém deu grande importância, afinal é uma rosa, o seu ciclo termina e a semente dará fruto, assim se espera.
Mas não dá, a semente era má, fora pisada pelos homens, fustigada pelos pássaros e finalmente aniquilada pelo fogo que dizimou tudo à sua frente.

No final ficou aquela rosa, parcialmente queimada, com a sua única pétala ainda a mostrar, ainda que fosse uma pequena mostra, da sua antiga glória e beleza.

Assim vejo o mundo, na sua última pétala, sem se aperceber das 26 que caíram, das cinzas em que se tornaram, da destruição que a assola.

A última pétala despega-se, aos poucos, até cair, sem a semente dar fruto, e as cinzas consumem o que já foi, e não é.
E não é, não por força da natureza, que manda e faz conforme os seus desígnios, mas por força de selvagens, da suposta elite...
Assim se vai a terra, a cair, e a beleza natural característica de nós, se foi, e a rosa que era admirada, era agora pisada...
E só foi, e já não é...

 I.D.

 Tiago
O amor é que é essencial
O sexo é só um acidente
Pode ser igual
Ou diferente,
O homem não é um animal,
É uma carne inteligente,
Embora ás vezes doente

Fernando Pessoa, Poesias escolhidas por Eugénio de Andrade

                                                                                                                                
Tiago :)

sábado, 13 de novembro de 2010

Carta da verdade

Não quero escrever muito nem adentrar no que eu considero uma afronta para a literatura, mas terei de o fazer.

Quero deixar aqui a minha marca, o que eu fiz, e o que foi a minha vida, e as razões para em breve, fazer o que projectei.

Foi uma vida comparada ao mar, que ora está calmo, ora está agitado.
Tive os momentos em que dei tudo pelos outros, mas tudo o recebi dos outros foi um nada.
Tomara, a confiança depositada e as preocupações crescentes não me permitiram ter uma vida dedicada a mim, e talvez ao que poderia ter sido, mas não foi, uma vida vivida.

Foram esses 64 meses e 10 dias que me mostraram o que é viver realmente, o que o amor é, o que ele nos faz ser, e o caminho que se percorre, equivale estar entre uma estrada onde se tem rosas e flores de um lado, e areia e rochas de outro.
Não pude percorrer ambos os lados ao mesmo tempo, porque onde estive muito tempo por meio das rosas e das flores, tivesse eu feito a transição para o outro lado, e ficaria acordado e consciente e não a viver um sonho, onde a razão não entra e reina a emoção.

Tenho de admitir, viver num sonho é a coisa mais linda e perfeita que pode existir, é ser feliz no seu máximo, desfrutar da nossa própria existência.
Neste mundo, todos somos amantes fervorosos, todos temos essa veia, que se transforma em várias, veia essa que não é revelada ao mundo, porque faltar a oportunidade.
Então, o que esperam vocês? Vão em busca dessa oportunidade, porque esperar por ela, é o mesmo que ver o comboio da vida a passar, e a passar, até que se acaba, e os lamentos tomam lugar ao que já foi um corpo jovial e alegre.

Se a vida é apenas viver e manter a rotina, declaro que ter uma rotina não é viver a vida, mas ser apenas algo controlado à distância.
Fui controlado ao longo da minha vida, mas no curto espaço de tempo em que vivi o sonho, libertei-me e soube o que a vida realmente é.

Não tenho outra solução, talvez Machiavelli tinha outra visão, e por essa visão sigo, na espera de ventos favoráveis ao destino conhecido e incerto.

Não contarei o que é realmente a vida, porque saber isso, seria ir contra o que de mais nos faz humanos e animais, seria negar a nossa própria existência, porque saber esse segredo, é saber a razão para o que vou fazer.
Muitos querem a perfeição, mas será que realmente a querem? O que virá depois dela? Julgam vós que a vida será melhor depois de a alcançarem? Serem motivo de inveja, traição, ciúmes, chacota?
Realmente acham que a perfeição é algo que valha a pena para o fio da vossa vida?
Por causa dessa perfeição, e pelo que sou e tive, não tenho outra alternativa senão acabar com tudo.

E acabo tudo com o último fôlego nesta folha, neste resquício da minha existência, no que já fui, e já não sou.

Como tal, resta-me apenas despedir-me e agradecer aos meus amigos, familiares e a todos o que se importaram comigo, e me deram da vossa atenção.

Até a uma nova existência, e um novo ser.

Rodrigo Lamiar

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Eu aprendi a admirar os grandes homens da  história para não deixar que os pequenos envergonhem a sua reputação....
(Kamilla M.D.O.)


     [Fernando Pessoa]

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Citações F.F

" Há escritores e certas pessoas que têm impressoras psicológicas"


Fábio Fatuda

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O receio da solidão





Escolhi esta imagem para introduzir no blogue pois exprime sentimentos de medo, tristeza e de uma vida arruinada, pois todos nós, em inúmeras vezes já pensámos: " e se eu estivesse numa cadeira de rodas?"
A esta resposta todos nós sabemos responder, mas provavelmente poucos saberão o que será a "prisão de quatro rodas".

Fábio Fatuda


Beijos de Preto e Branco




Branco, cor da vida,
Preto, cor da morte,
Cores duma vida esquecida,
Cores duma vida sem sorte.

Preto e negro são iguais,
Branco e pérola parecidos,
Brancos versos é o que há mais,
Versos rimados são mais escolhidos.

Fato preto é sempre
Um traje apropriado
Basta uma peça realmente,
Para vestir com mais cuidado.



Fábio Fatuda



Lágrimas

Lágrimas, pequenas manifestações de uma alma sofredora, de aflição, lágrimas que transmitem sentimentos de extrema exultação ou extrema desilusão.
Temos uma lagoa dentro de nós, uma lagoa cristalina incapaz de esconder até mesmo os sentimentos mais secretos e que está pronta a transbordar. Lágrimas que purificam e aliviam a nossa alma.
Verter lágrimas, chorar, não é sinal de fraqueza, antes é sinal de coragem, coragem de ser sincero, verdadeiro.
DC

... ao cair da noite...

É assim que vos vejo. Sentado nesta pequena mesa. Observo. Olho. Vejo. A tranquilidade. O cansaço. O desespero. A procura de notas escondidas que possam salvar a inquietude e a fragilidade. Os bips desta era moderna intrometem-se em pensamentos feitos de mulheres-anjo e mulheres-demónio. Um eu que procura um Tu. O TU. Artigo definido. Pronome pessoal. eu tu ele ela nós vós eles elas. Como te chamas? Olá. Nomes. Nunca se cortam. Nunca. Nunca se anulam. Nunca. Porque é com ele que SOMOS. Aqui nesta sala. Num campo de futebol. Num cinema. Num jardim feito de flores e abelhas. Fora. Lá. Frio. Regresso. Alerto-vos para um Exame Nacional. Mais do que esse nome, é para a vida que vos alerto. A Vida. Porque ela é feita de pequenos obstáculos que só ultrapassados vos poderão levar a caminhos feitos de água fluida. Toca-me o vento, agora. As canetas vão derramando pensamentos-poesias. Sinto as questões. A noite já acordou. Dorme, ao longe, numa cama feita de nuvens, o sol. Aquece-o esta manta feita de papéis aquecidos por mãos que procuram o mundo. Os mundos. O meu. O teu. Os nossos. Os vossos. Os deles e delas.
É assim que vos vejo. Que vos observo. Que olho. De cabeças baixas. De queixos apoiados em braços feitos de abraços. Aos amigos. Aos colegas. Aos anónimos. Aos livros. Das janelas por onde espreitam as vossas almas saem também, como neblina súbita, Sonhos. Outros mundos. Outras cadeiras. Novos abraços. Diferentes. De novos amigos. De amantes. Letras que erram ao sabor do teu desejo. Do nosso desejo. Do vosso vossa meu dele dela desejos.
Olá… como te chamas se chamam? Anda, queres um chocolate quente?... Querem?...

(Prof. Paulo Martins)

domingo, 7 de novembro de 2010

Não podia deixar de dar a minha primeira entrada no blogue sem salientar o 5-0 sofrido pelo Glorioso.
Não tiro o mérito à equipa adversária, que realmente mereceu a vitória, mas de realçar que golf deve de ser o desporto número um em Portugal e tem maior participação em Portugal, sendo o Porto a região com mais sócios no desporto.
Ao que parece uns poucos selvagens conseguem tirar a simplicidade e o carácter que o Futebol tem ao juntarem um toque de pseudo-wannabe's-Hooligans à moda do Porto e tirarem o que o futebol tem de melhor.

Em relação ao blogue, tenho de dizer que não sei por onde começar e o que escrever, pois assunto não me vem de momento à cabeça.
Por isso, estive a pensar neste fim de semana em relação à matéria dada, e veio-me uma dúvida, e deixo-a aqui porque penso eu de que tenha de ser partilhada com todos.

Se ser um poeta é ser um sofredor, um eterno aspirar ao impossível e dizer-se vitima do destino, o que serão os "poetas" que não enredam pelo caminho do sofrimento amoroso, não aspiram ao impossível e não sofrem do sindrome de comiseração?

Peço desculpa se fujo ao foco do blogue, mas vi que o blogue resume-se à Camila e Prof, e vim só dar a minha humilde participação.

I.D.
Eu não escrevo mais... Como menina mimada faço birra. Não escrevo, pois já sinto o gosto do abandono em minhas próprias palavras. Não escrevo, pois já me sinto sozinha... Ler somente o que escrevo é como ouvir o eco da minha voz no abismo. Não, não escrevo... Se é para estar sozinha não faz sentido estar em um lugar público. É melhor voltar para dentro de mim do que andar pela praça com os orgãos do avesso, mostrando o que sou por dentro, sem que alguém ao menos note esta irreverencia, sem ver nenhuma alma se despir também. Não escrevo também por já estar farta de mim... Minimamente me conheço... Eu não preciso dar introduções aos assuntos para mim mesma. Estou cansada de me ver nessas letras, quem me dera poder apagar tudo o que já escrevi. Quem dera vegetar, pois é isso que sou sem escrever, um ser morto por dentro. Mas me prometi n unca mais fazer isso, pois eu entendi que se eu apagar algo que escrevo, apago também parte de mim, da minha história, da minha vida. Pois é tenho a mania de achar que alguém vai se interessar pela minha história algum dia, disparate... Ilusão. Ninguém se importa completamente com nada a não ser consigo próprio... Por que alguém gastaria seu tempo comigo?
É esta nessecidade pavorosa de publico que me destroi... Desejo demasiado ser notada no que amo. Preciso ter alguém que se interesse para ser melhor do que sempre fui. Preciso que alguém me ouça no que sou mais verdadeira... Nas palavras. Bem preferia ser independente, mas não sou... Tenho tantas coisas na mente que ainda não sei dizer... E tenho medo de não poder dizer... De não fazer a Humanidade ver que tudo é ilusão... Uma vez conhecida a verdade esta não pode ser ignorada e eu ainda não sei como viver com a verdade presa na garganta querendo sair com um grito a cada vez que abro a boca. Talvez eu seja como Nietszche, talvez eu seja uma poetiza postoma...(nem sei se é mesmo assim que se diz, mas quem se importa? Estou sozinha mesmo.) emancipada, e os meus seguidores estejam no futuro... Sempre achei que nasci no tempo errado...
Mas... Bem, isso não faz sentido e nem tem importância a não ser ... Aliás não tem importância nenhuma... Já sei disso tudo. Não sei porque escrevo. Deliro. Enfim não escrevo mais... E tenho medo de isso ser desistencia... Deliro outra vez... E tenho o direito de o fazer... Não tenho ninguém para falar...
Talvez as pessoas que eu conheço não tenham alma, não tenham nada por dentro, e por isso não se mostram. Não interessa... Eu me multilaria se este fosse o preço para poder escrever... Não entendo o desinteresse... Tenho que terminar logo este texto antes do próximo delirio...
Por algum tempo... Adeus. Espero voltar em breve.


(K.O)