sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Verdade... É natal outra vez.

A minha hipocrisia deseja-vos um feliz natal.
- Feliz natal hipocrisia... Feliz natal.
A minha hipocrisia não me responde. Aparece a ironia, mas diferente da hipocrisia a ironia não quer mentir...
Boa noite gente, é o melhor a dizer...
- Feliz natal ironia! - Desejo.
- Feliz? Nem para você!

(K.O)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Quero...

Quero desejar, à Camila, Dalila, Fábio, Paulo, Tiago, Wilson e o professor Paulo um feliz natal e um bom ano novo.
Nada posso mais dizer, apenas que vocês são gente porreira realmente e fazem as aulas serem mais dinâmicas e interessantes, além do Fábio que não para de falar... =)
Boas entradas e até ao próximo ano.
I.D.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Obrigado...

Este ano, no início, quando vos falei de um blog, vi-vos reticentes. Depois, começaram, de forma muito tímida. Um dia, numa aula, falei-vos de Pessoa. Fernando, de nome. De heterónimos. Depressa descobriram, em vós, outros. Não sei se heterónimos. Não sei se alter-egos. Ma surgiu-vos e escrita como ainda não tinha acontecido. Sorri. Porque é na escrita que acabamos por adormecer, ou acordar ou despertar ou amar ou odiar ou conhecer ou… ou… ou…. Obrigado pela forma como têm partilhado as vossas vidas, nas aulas, aqui, na Vida.
Esperam-nos dois períodos com muito trabalho. Um Exame Nacional a fechar um Ciclo. Cá estarei para vos ajudar até ao fim e a fazer, deste blog, a continuação do primeiro dia dos restos das nossas vidas. Das vossas vidas. Como no filme.
Desejo-vos um Feliz Natal e um Fantástico Ano Novo. E obrigado por me ajudarem a ser melhor também.
(Paulo Martins)

(fotografia de Paulo Martins, do blog)

sábado, 11 de dezembro de 2010

Bebida alcoolica

 Bebida alcoolica é um bom produto de limpeza,
limpa o juizo, limpa o dinheiro limpa a tristeza,
a beleza,a fama, até limpa a tesão,
 principalmente a vida





                                         
                                                                                                                                                     ulisses

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Vingança.

Fúria, fúria... fome de vingança, sede de matar...
Se algum dia eu te encontrar na rua, será para te esquartejar.
Fome, fome... fome de justiça feita pelas próprias mãos,
Mas se acabar contigo é tão pouco... acabarei sem diversão.
Não, vingança é um prato saboroso temos que deliciar,
Quando eu te ver não te mato, mas te faço me amar.
Sim, amando sim, dar-te-ei justa vingança...
Pois até hoje nunca vi dor maior e nem maior pesar do que ter falsas esperanças.
Castigo bem dado e merecido,
Conselho meu... tome cuidado sou um perigo.
Amor, um crime sem sentença,
Estarás exilado e condenado a ter por mim obediência.

(Katie Arievilo)

Meu Anjo

Nas asas de um Anjo encontrei conforto, não sei onde estou e na verdade nada interessa, a paz que sinto invadiu a minha alma, é uma paz única, singular e que não quero que desapareça.
Anjo, meu querido Anjo, não me abandones, deixa-me ser feliz, deixa-me voar contigo, porque voar é ser livre, é paz. Voar contigo é viver no paraíso, voar é esquecer, é recomeçar, longe de tudo, de todos; sou só eu, só eu e Tu, meu Anjo de liberdade, de sonho, isto não é um sonho, tu és um Anjo, o meu Anjo que adoro e venero, não me abandones pois eu não te abandonarei.
DC
É no universo, no universo dos meus pensamentos que me perco e me encontro. É na minha mente que sonho, que projecto o meu futuro, que sou eu, unicamente e simplesmente eu. Neste mundo que me rebaixa, que afoga as minhas esperanças não existe um futuro. O meu refugio é o meu mundo, o mundo onde idealizo e concretizo os meus sonhos; tudo é possível, só não o é se não acreditarmos. A nossa vida é aquilo que fazemos dela e o que eu quero irei ter.
Sonho, sonhar é bom, mas a realidade, a realização de um sonho é ainda melhor.
DC
Quero-te, não te amo...ainda...Desejo-te...mas não te amo. Preciso de ti, preciso de ar para viver, preciso de ti, agora mais do que precisei de alguém. Sem ar, sem ti, era como se Deus tirasse-me o desejo de viver. Sem ar, sem ti...Respiro quando estou triste, alegre, zangado, confuso...apaixonado. O que quero dizer é que tu mexes com os meus sentimentos, com os meus sonhos, com os meus desejos. Não te amo...ainda...

Omari Grandberry Oliveira

Autônimo


Eu poderia chamar-te de heterónimo, mas estaria a mentir, porque eu jamais te separaria de mim.
Eu poderia dar-te um outro corpo, mas não poderia separar-te do seu berço, do seu útero materno, não poderia te tirar de mim.
Resolvi dividir contigo tudo, mesmo podendo dar-te... resolvi dividir.
Eu poderia dar-te uma aparência diferente, um olhar mais sombrio, mas não dei. Porque de certa forma eu não podia tirar de ti o que realmente é teu, meu corpo, minha alma, meu ser.
Nasceste para ser o melhor que tenho em mim, mas quero expor-te, mostrar ao mundo quem és... mesmo sendo tu tudo o que eu sou.
Divido contigo tudo e assim provo o meu amor... eu poderia comprar-te um novo mundo, o teu mundo, o que quisesses... mas por ti isso todos fariam, por isso resolvi dividir contigo o que com ninguém além de ti eu compartilharia.
Minha amada irmã, minha metade, meu anjo.

K.O

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"Invisivel, mas Real"

Este é um tema tão abordado actualmente. Presumo eu que a frequente repetição desta temática seja nada mais do que uma tentativa de solucionar as questões que são relativas a existência divina.
Ora, a existência de algo, para já não deveria ser discutida, porque as coisas que existem não precisam da sua crença para existirem e creio também que nenhuma entidade divina que se diz criadora do universo, morrerá por você não crer na sua existência. Ou seja, não importa o que você pensa meu amigo, se Deus existe Ele vai continuar existindo caso você creia ou não.
E não são só as pessoas comuns, ignorantes, que gastam tempo discutindo a existência de Deus não, a ciência também em vez de se preocupar com soluções para a SIDA, coisas que ela pode solucionar... não, a ciência também vai na onda da ignorância de discutir a existência de Deus... Para quê? Eu não entendo! O que é que a ciência tem haver com Deus? Deus é o cientista de trás de todas as coisas... mas o que que a ciência tem haver mesmo com Deus? Nada! No meu íntimo desconfio que Deus é a ultima esperança da ciência... a ciência precisa encontrar Deus para que Ele passe as cábulas do universo, para que as pessoas como eu não percebam que faz muito tempo que a ciência parou de evoluir.
Ah, querem saber a minha opinião sobre esta temática?
Eu digo, mas saibam que as minhas respostas não poderão tirar-vos do buraco, não irá melhorar o mundo, ou o governo... não, a minha opinião é simples, mas não pode salvar ninguém, talvez só a mim mesma, talvez nem isso. Mas é a sua opinião que vai te salvar, provavelmente.
Conheces a dor? Já sentiste-a?
Hum... interessante. Agora por favor defina como é a dor... que aspecto físico tem a dor?
Hum... mais interessante ainda!
Você vê a dor? Não, mas você a sente.
Assim é Deus para mim.


obs: Perdão ao leitor pela forma rápida e mal estruturada que fiz este texto. Se houver qualquer erro ignore por um tempo até que eu o possa corrigir e deixa-lo digno de vós.

(Kamilla Oliveira)

domingo, 5 de dezembro de 2010

Erotismo

Meu amor...

Sim, usar-te-ei para o meu bel prazer,
Como prova de uma reacção física inegável
Algo tão forte que nos leva a enlouquecer
E como simbolo de um acordo amigável
Usar-te-ei por querer.

Meu anjo eterno
Deixa-me te tornar homem
deixa-me trocar esse teu olhar terno
Por um olhar sedutor e profano.

Meu amigo das alturas
Deixa-me guiar o teu caminho pela minha cintura
Levar-te-ei a loucura
Meu divininho.

Deixa-me te ensinar a oração do desejo
Deixa-me saborear o teu beijo
Deixa-me amar o teu corpo de anjo
Dá-me a pureza que este teu pudor te obriga a ter
Dá-me esta inocência de tudo saber.

Dá-me o teu mel das palavras
Gaste-as no meu ouvido
Conte-me os planos de deus com gemidos
Que eu contarei os segredos da humanidade castrada

Divida comigo a tua eternidade
Que eu te darei o que nenhum santo pode ter
E então serás feliz de verdade
Prometo que não irás te arrepender...

(Katie Arievilo)

sábado, 4 de dezembro de 2010

A porta...

Porque sondas tu o desconhecido? O que te leva a querer conhecer o desconhecido? O que é que te faz pensar que será melhor do que aqui? Ou até pior?
Não te censuro, não temes a morte, não a tens de temer, afinal todos caminhamos para ela como se de uma marcha lenta rumo às chaminés de Auschwitz se tratasse.
Mas como se trata de uma matéria do desconhecido, temos de por os "se" aqui.
E se os Cristãos estão certos e um lago de fogo e enxofre espera os que se suicidam?
E se os Budistas estão certos e a morte é apenas como um túnel, em que se morre e volta-se à vida noutro corpo?
E se os Muçulmanos estão certo e apenas se morre e se vai para o paraíso onde supostamente 72 virgens nos esperam?
Os "se" poderiam continuar, mas isto não te fará pensar? Argumentos que sondam os clichés, admito mas não fogem da realidade, porque o que será a realidade depois desta realidade?
Apenas posso acabar este texto com um ditado popular, que se traduz por "A curiosidade matou o gato", pode não matar porque nunca se saberá o que estará depois da porta...

Nem leiam.

Agora escrevo por escrever, e para mim é isso dor ou prazer... Mesmo sabendo que as duas coisas são inseparáveis...
Queria ser algo tremendo... Me apercebi que não sou em casa metade do que sou na rua.
A falsidade está em todos os lados e o egoísmo tem sido os laços que nos unem como Humanos.
Estou farto da brutalidade de dois corpos... O que nomeiam de amor hoje em dia, não passa de uma necessidade bruta e primitiva.
Banalisamos o amor com o sexo e banalisamos também o sexo...
O que fizemos por nós?
O que fazemos pelo mundo?
Jornais? Quanto mais assisto mais me entristeço... Vivo num mundo podre de alma.
Quando a lágrima escorreu no teu rosto esperei ver consciencia, mas era apenas dor.
Nunca seremos eternos... Me contento em ser breve... E leve.
Não temo a morte, por não saber o que é a vida e nem ver a sua importancia. E agora que dizem... Temo ter tamanha coragem... Quero temer como toda gente teme, mas sei que o medo é algo irracional.
As vezes desejo abraçar as pessoas, consola-las... Fazer com que elas se sintam seguras calando as suas dores, pois não sei como calar as minhas.
Hoje temo até a esperança... É melhor pensar que tudo vai correr mal e descobrir que estamos enganados do que o contrário. Está aqui o meu pessimismo que não é nada mais do que a lógica.
Estou precisando de um lugar para ficar esta noite... Pensei em ficar nos teus braços mas já devem estar reservados... Então decidi ficar na tua mente, como um sussuro imaginário ou um delirio...
Ficarei bem, mesmo assim.
E tu, como ficarás?
Sempre as mesmas roupas sujas. Hoje quero cuidar de mim.

(Kamilla Oliveira)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A morte que vive...

Olá mãe, por lamento meu não pude escrever-te mais cedo nem tal me foi possível.
Mas se vos escrevo é com pesar no coração e um arrependimento mortal, aqui neste buraco maldito escavado pela explosão da própria morte que se abate todos os dias sobre nós.
Não sei porquê que eu fui na conversa do tio Aníbal, ao que parece a glória da guerra e aclamações gloriosas e triunfantes num retorno recheado de saudades e glória eterna não são o que o espelho mostra.
Depois de Brest entrei no “train” como dizem os Franceses, é  uma locomotiva, a primeira vez que andei numa, e tudo para vir para onde a morte me trouxe…
Fomos até uma cidade chamada Amiens, escombros e destruição por todo lado, mas não nos deixaram descansar, fomos logo inseridos na nova divisão criada, a Segunda Divisão Portuguesa.
É irónico que, logo à nascença, o padre já veio com o baptismo… mas este era um baptismo de fogo e morte, nem luz nem estrelas podem dar um ar da sua magnificência nesta terra desertada, onde os únicos humanos que se avistam, estão deitados no chão, mortos ou em gritos horripilantes de dor, e a morte a caminhar ao lado deles pacientemente.
Depois fomos para Estaires de locomotiva, chegando lá, foram criados os regimentos e como se o cavalo do Tio João a correr se tratasse, vi-me inserido ao lado de 8 homens que não conhecia, mas que provavelmente iria passar muito tempo com eles.
Apenas pude conversar com 3 deles, o António, o Manel e o Artur, que eram gente fina do norte do nosso querido Portugal, que tinham tido a má escolha de virem para a guerra pelos sonhos de glória, oh glória, tu que nos iludes e nos destróis como se de bonecos fossemos!
Fomos imediatamente mandados para a linha da frente, e mãe, digo-te isto com pesar e agradecimento por não admirares este horror, é o inferno na terra. O padre falava de um inferno de dor e sofrimento eterno, isto pode não ser eterno, mas no pouco tempo em que já cá estou, a eternidade não é um tempo, é apenas este momento em que te escrevo.
De todos os homens que aqui se encontram sob tutela do General Gomes da Costa, apenas alguns realmente desejam estar cá, por sentirem que isso é o dever deles de honrar o país deles.
Mas pergunto-me que honra há em morrer pelo nosso querido Portugal e não ser lembrado, nem sequer reconhecido como derramador de sangue pela glória e prestigio de Portugal?
Há mãe o sofrimento que sinto e o medo de morte que sinto por cada dia que aqui passo no meio de animais que tentam devorar as ovelhas, mas até agora não sei quem realmente faz o papel de ovelhas ou de leões. Não sei de que forma poderei retornar, mas prometa-me que se lembrará de mim da mesma forma que me lembro de vocês, querida mãe e família amada!
Chovem obuses como se a natureza própria se encarrega-se de tal função, não chove apenas neste lado nesta terra macabra, mas chove do outro lado também. Levo-me a perguntar as razões para tal horror se passar no presente, na flor da vida que perde as suas pétalas, e perdeu-as todas e só resiste porque tem um coração indestrutível que vive sem saber como nem porquê, mas continua…
Áh! Morte maldita que nos rodeias e escolhes conforme o que desejas o fim de cada um de nós, e tudo o que podemos fazer para isso é correr em frente e atirar, na esperança que não nos toques a nós, mas aos boches.
Lamentos e choros, é o que se traduz esta minha vida aqui nesta guerra, e lamento muito mãe por te fazer sofrer com esta carta, mas lembra-te que o sofrimento não é mais do que uma ilusão, porque a realidade, é a morte e essa é o que mais real se vê por aqui.
Os Alemães atacaram recentemente, foi uma chacina, mas não vos posso escrever agora sobre isso, porque é o motivo da minha dor e da realidade que entrei, mas falarei-vos disso mais tarde, não durmo há 2 dias e preciso de descansar, até que a morte me volte a acordar.
Eu amo-vos e espero-vos poder escrever de novo, até lá, recebai esta minha carta encharcada com as minhas lágrimas perfumadas com o meu amor, porque se há algo que ainda me faz querer voltar, é o amor das saudades que vós me provocais.
Apenas vos peço que não se esqueçam do vosso querido filho que vos ama e vos tem no coração…
Alípio Saraiva

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Quem sera?

Xoão!...
Chama-me leve, levemente
como quem gosta de mim.
Será mano,será outro parente?
Colega não é,certamente;
e meu pai não chama assim...
só podia ser minha mãe
que emite um som como ninguem:
Xoão!

só de um sopro
sai um som  como não há outro.
sei logo quem  é;
só eu me viro
e depois me retiro
para saber o que é
Gosto tanto do tal ruído
que provoca no ouvido
uma espécie de comichão:
Xoão!                                                                                               


                                                                                                 (tirado do manual de portugues em linha  6 ºano
                                                                                                               joão  Paulo AthaydeCampos,                                                                                                                                
                                                                                                                  Escola E.B. 2/3Vasco  Santana)

ser poeta

SER POETA
é seber fingir,
saber criar
aspirar sempre  ao impossível
 ver coisa que ninguem vê
um ser invejado

um ser louco
saber permiter todos os exagero,
é ser incompreendido
um maldito
aspira por ideal
não deixar ser axustado pela morte
 poeta é uma criança.                                                                                                      ulisses