terça-feira, 15 de março de 2011

Grito de resposta!

É engraçada a forma como nos tratam... Engraçado pois somos o erro deles na cara de outrém... E ainda têm a ousadia de dizer que somos "A geração a rasca"....
Senhores adultos, donos da razão, dos queixumes, dos mal dizeres... O que criemos comprometemo-nos a "engolir"... Sr. Perfeito, nascemos do vosso erro. Custa muito olhar no espelho?
Somos o futuro da nação e é assim que nos agradecem?
Oh, mas porque eu me preocupo? Um homem que tem por tarefa sentar a bunda numa cadeira e falar as maiores asneiras politicamente corretas por ai, não sabe o que é a crise que nos submerge á pobreza, que aterroriza os nossos pais... Não sabe o que é procurar um emprego sendo jovem sem experiência para ajudar os pais no mínimo que for para não morrer de fome...
Não sabe o que é a depressão crescente desta geração sem pai, sem apoio, sem credibilidade...
Não o sr. MINISTRO não sabe o que é perecer...
Bem... Se não somos quem vocês esperavam a culpa é vossa... Quem nos educou foram vocês... E se não gostam de nós mordam as próprias testas!

K. Revoltada gente!

segunda-feira, 14 de março de 2011


Cenário do meu sonho lúcido...

sexta-feira, 11 de março de 2011

Realidade real?

Acordo, olho para o negro da parede do quarto. Escuridão cerca-me e rodeia o mundo.
Estou debaixo das asas de um corvo a tocar piano, enquanto vejo uma mulher loira a tirar um pedaço do seu tronco e a dá-lo à sua filha, e esta devora-o com vontade, mas sem fome.
Cavalos negros correm, fogo rodeiam-nos, mas tudo é escuridão, torna-se escura a terra, e a morte aparece, esfola os cavalos, e estes continuam a correr, com a carne à mostra, e com ímpeto atiram-se para a vala, o abismo que existe, directamente para as rochas.
Vejo um homem, com um violino feito de ossos, esfolado do tronco para baixo, e toca a melodia da morte, para confortar todos os humanos que devorados por cães estão a ser.
7 cavaleiros aparecem, matam-se todos, a escuridão engole-os, e cospe-os, o cheiro fétido percorre o mundo e a filha da mulher que comia o pedaço de tronco da mãe, mata-se com a lança do quinto cavaleiro.

A morte é louvada, acariciada pela mão ossada da filha, o mundo corrompe-se. Aparece um homem, normal e sem qualquer peculiaridade que se possa contar, sorridente com o vê. Subitamente, um ser grande, caminha com uma espada afiada, e defere um golpe certeiro no homem, a cabeça rodopia, mas continua sorridente. Cai numa poça, torna-se em osso, numa caveira, e o corpo desse homem pega na caveira e põe-na na cabeça.
Vejo com horror e admiração esta cena, este teatro real, esta dita falsa realidade que de real tem tudo e de falsidade nada.

Um pássaro branco passa pelo meio dos corpos decompostos, torna-se negro, é corrompido pela matéria imaterial. Cai no chão e torna-se outro corpo no meio de tantos.
Vejo uma ponte, cães que se atiram sozinhos da ponte para a morte, alguns sobrevivem e outros não. Os que sobrevivem, tentam de novo. A morte é abraçada por eles, mas eles não a abraçam.

Lembro-me de ter acordado sobressaltado,o que eu pensava ser realidade, era na verdade um sonho.
Muito pensei, muito tive de pensar, o que raio quereria isto dizer, o que é que um sonho quer dizer, além de ser apenas uma sonho? Mas o que difere este sonho da realidade?
E tudo o que eu considero real, está-se a desfazer aos poucos e uma nova realidade que tento perceber, aproxima-se...

E o mundo parece uma ilusão do que uma realidade...
                            I.D.

domingo, 6 de março de 2011

Electro.

Lucidez... fraca luz da discoteca...
Nada é tão bom como deixar de pensar e se entregar a um ritimo alucinante...
Deixar o teu corpo húmido pelo exercício de servir este ser monstruoso que é a música...
O Electro é isso... A tradução mais fiel dos sentimentos mais inexplicável e primitivos dos seres humanos... Antes das palavras havia o sentir puro... Hoje tudo o que se sente é reduzido em palavras... Conrrompido pelos seus vícios... E o Electro é isso uma poesia sem palavras... Uma mensagem do nosso indomável instinto natural e primitivo... Da nossa filosofia primeira... A filosofia sem palavras.
Dança, dança, a noite inteira... Esqueça os limites do teu corpo... Morra para o resto e dance... As palavras são desnecessárias quando estamos com nós mesmos...
E escuta... Ninguém precisa de drogas... Só de música.
Drogo-me na música e nada me agrada mais que não pensar...

K.

Hoje.

O carinho que por ti carrego
Faz-me balbuciar as palavras mais ternas que conheço
E a vontade de mostrar-te um mundo novo é tão forte que estremeço.
Mostrar-te a minha capacidade de amar infinita, cuidar de ti, ser sua amiga, quem tanto te quer bem, sua motivadora...
Mostrar o quão privilegiado és simplesmente por existires...
Quero conhecer-te, ser parte da tua vida...
Mas sei o que pensas e não posso contrariar-te porque gosto do teu jeito...
Sim é o tempo que nos une cada dia mais...

K.

sábado, 5 de março de 2011

Sonhos...(parte 1)


Todas as noites...
Vejo-te nos meus sonhos...
Sigo a rotina, deito-me e
Fecho os meus olhos...

Estou numa praia à noite
o brilho as estrelas é abundante
A areia está quente
Mas algo falta neste cenário deslumbrante...

Deito-me na areia e olho para o céu...
Olho para as estrelas...oiço o mar...

Fui interrompido por ruídos...
Ruídos baixinhos,como se fossem risinhos
Ouvia também passos,passos sorrateiros
Levanto-me, olho em volta e não há mais passinhos...

E hipnotizo-me com a beleza das estrelas
Volto a deitar-me e olho para o céu
Oiço de novo uns passos levanto-me e
vejo ao longe, alguém num véu...

Logo vi que algo se metia no meio da solidão
Aproximava-se lentamente...
Algo estava no ar, senti paixão
e no ar estava presente...

Tinha uma forma de uma mulher divina
Levanto-me e vejo um véu azul-indigo...
Abre os olhos e vejo o quanto é bela
Trespassa-me com o seu olhar e nele fico perdido...


Sinto o seu perfume...
Perfume de cereja...Chego mais perto
Olhei-lhe e senti algo diferente...
Como-se um novo sentimento tivesse desperto...

Ela olha-me com os seus olhos verdes
estende os braços e abraça-me...
O coração dela batia com tanta força,
que o ar do meu peito escapa-me...

Após um longo abraço,
lentamente o meu corpo ela larga...
Aproxima-se do meu rosto,
E aí que ela me mata...

Mata-me com muita paixão
Mata-me com os seus lábios,lentamente...
Mostra tanta emoção,de uma forma agressiva
e ao mesmo tempo suavemente...


E ela continuava a beijar-me
Enquanto despiamo-nos com lentidão...
E através desse beijo(que me deixava louco)
Ela purificava o meu coração...

Deitámo-nos na areia,e expressámos a paixão
e a proximidade emocional...
sinto que já te conheço há muito tempo,
porque nada(até agora) me fez assim tão sentimental...

A noite toda,á luz das estrelas
Eu e ela,debaixo da luz lunar...
Acabou no amanhecer,
Infelizmente acabou porque eu acabei de despertar...

Mas todas as noites sonho contigo...
Fico ansioso para ver o dia a acabar...
Volto a ver outra vez esse véu
vou voltar a sonhar contigo,mal posso esperar...


Omari Oliveira

terça-feira, 1 de março de 2011

Herança de sangue.

Atormentados foram os meus dias na semana passada...
Eu deveria ser uma pessoa atormentada pela agonia, o fatalismo e o medo... mas sou apenas uma pessoa.
Quantos monstros se vestem de pessoas, meu Deus! Quanta maldade escondida em bonitos gestos!
Isto não é uma corte mais sinto que vivemos metade da vida a ser quem somos e a outra metade tentando esconder-nos de nós mesmos.
O que leva um ser humano a matar outro? Que motivações podem dar coragem para tal?
Sejamos responsáveis por quem escolhemos ser, e aceitemos as consequências de sermos quem somos.
Quanta fineza de gestos esconde a má educação dos corações dos nobres... nobres na verdade não existem mais – a muito que a nobreza se tornou um bem extinto no carácter dos Homens – agora chamamos-lhes de "ricos". Mas ricos de quê, se os seus espíritos são mais sujos que chiqueiros, se sua alma é mais corrompida do que a lama e se as suas palavras são como dejectos?
Onde está realmente a riqueza dos ricos?
Comprometo-me a ser pobre – paupérrimo até – enquanto a riqueza se resumir a ter dinheiro e exercer poder  sobre o outro.
Tenho antes de tudo, um compromisso com a minha consciência com a minha dignidade, com os valores que passaram-me os meus pais... e sou fiel, não a uma nação, não a um deus, mas tão-somente a esplendorosa razão que me nomeia como "ser humano".
Não, meus caros, não... o dinheiro não compra carácter, a forca não cala a consciência... por isso luto contra mim mesmo por vezes, para que eu não tenha que viver com a minha própria vergonha, com o nojo de mim mesmo nas memórias e nem com o grito de revolta da minha consciência.
(Imagem tirada do google)


Kamilla Oliveira