Motivo-me brevemente, para voltar ao status quo,
E ai percebo que são motivações vãs, não muda nada,
O querer está presente, o fazer é uma luz sem alma.
Sem alma é precisamente a definição do que me define.
Planos faço, como se fosse o ponto de partida para o novo,
Mas é só outra porta para a mesmisse do pré-pensamento\motivação.
Basicamente é apenas um labirinto, pois por mais que queiramos mudar
Parece que uma força nos impede, e vagueamos neste labirinto da vida.
Há quem diga que somos nós, mas algo paira no ar,
Não exceptuando a minha verídica culpa, há algo mais,
O que é? Não sei. O que possa ser? Não sei.
Tento olhar, mas nada. Tento ver, e só vejo o mesmo nada de hà pouco.
Tantos desejam o nosso bem, que sejamos os melhores,
Que movamos montanhas, que nos esforcemos,
Se é para ser apenas mais um, o desaparecer é aliciante.
Só me pergunto onde achar essa força, pois parece que não a acho,
Mas sempre esteve cá, ao menos é o que todos dizem,
Como se fossem mentores da verdade absoluta.
Palavras vazias, e só penso que toda a minha vida,
Resume-se a estes breves momentos em que a estraguei,
Incompetência existe para tudo, e a vida não é nenhuma excepção.
Sou um incompetente, e é nessa ilusão que sonho...
E tudo se resume a sonhos...
I. D.