sábado, 4 de dezembro de 2010

Nem leiam.

Agora escrevo por escrever, e para mim é isso dor ou prazer... Mesmo sabendo que as duas coisas são inseparáveis...
Queria ser algo tremendo... Me apercebi que não sou em casa metade do que sou na rua.
A falsidade está em todos os lados e o egoísmo tem sido os laços que nos unem como Humanos.
Estou farto da brutalidade de dois corpos... O que nomeiam de amor hoje em dia, não passa de uma necessidade bruta e primitiva.
Banalisamos o amor com o sexo e banalisamos também o sexo...
O que fizemos por nós?
O que fazemos pelo mundo?
Jornais? Quanto mais assisto mais me entristeço... Vivo num mundo podre de alma.
Quando a lágrima escorreu no teu rosto esperei ver consciencia, mas era apenas dor.
Nunca seremos eternos... Me contento em ser breve... E leve.
Não temo a morte, por não saber o que é a vida e nem ver a sua importancia. E agora que dizem... Temo ter tamanha coragem... Quero temer como toda gente teme, mas sei que o medo é algo irracional.
As vezes desejo abraçar as pessoas, consola-las... Fazer com que elas se sintam seguras calando as suas dores, pois não sei como calar as minhas.
Hoje temo até a esperança... É melhor pensar que tudo vai correr mal e descobrir que estamos enganados do que o contrário. Está aqui o meu pessimismo que não é nada mais do que a lógica.
Estou precisando de um lugar para ficar esta noite... Pensei em ficar nos teus braços mas já devem estar reservados... Então decidi ficar na tua mente, como um sussuro imaginário ou um delirio...
Ficarei bem, mesmo assim.
E tu, como ficarás?
Sempre as mesmas roupas sujas. Hoje quero cuidar de mim.

(Kamilla Oliveira)

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