quinta-feira, 1 de setembro de 2011

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Ergue-te torre da hipocrisia. Expele os teus demónios.
Não te sintas constrangido, somente faz o que te é pedido.
Renova as tuas entranhas, deixa entrar o doce som do fogo.
Transforma os teus assassinatos intelectuais, os teus pecados divinos, a tua boca imunda, a tua avareza eclesiástica, transforma tudo agora, pois o que há na tua boca, está escrito há milénios, tudo em poucas palavras, procura, quem sabe, talvez te purifiques - Salmos 10:7.
Que os homens, almas pecadoras, se atrevam a destruir o divino, a apedrejar e queimar o divino erguido por outras almas pecadoras.
Que o doce som do fogo consuma pedra por pedra, madeira por madeira a tua torre, e que os teus pecados sirvam para alimentar o teu fogo purificador.
Maldita hipocrisia, apenas foste julgada pela tua inocência culposa. És hipócrita. O teu pecado mortal é simples - a tua vida soberba, o teu orgulho, a tua arrogância.

Queima lentamente. Consome tudo. Não deixes ficar nada que permita que se voltem a lembrar desta torre...
A torre consumida foi. Regozijai-vos, povo mundano. Bebei e comei, fazei um banquete. Erguei a voz ao céu, gritem, desabafem com o vento, que ele leve as vossas angústias. Sejam felizes! Embriagai-vos.
E assim fiquem cientes. Disseram adeus a uma torre, e o que farão às outras todas?
Triste natureza a vossa...
Lamentem-se, lamuriem-se, chorem.
Festejam por tão pouco...
E tudo o que queimaram era o vosso próprio pecado.
Maldita natureza humana...


I.D. 

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